Incendiado durante as invasões francesas, o Solar dos Magalhães, um dos mais icónicos edifícios da cidade de Amarante, receberá a “Casa da Memória”, dedicada à História e Cultura amarantinas. O projeto é do Arquiteto Siza Vieira.
Previamente ao início das obras e dando cumprimento à Lei de Bases do Património Cultural (Lei n.º 107/2001, de 8 de setembro), decorrem os trabalhos de pesquisa arqueológica, com o intuito de avaliar a eventual existência de património enterrado e, em caso afirmativo, proceder à sua proteção e salvaguarda. Os trabalhos são coordenados pela Divisão de Cultura do Município e executados pela empresa Arqueoguia.
Mas, esta é, também, uma oportunidade para, do ponto de vista arqueológico, se perceber as potencialidades do local, algo nunca avaliado, sendo que o Solar dos Magalhães se situa numa zona da cidade de Amarante considerada de grande importância para a compreensão da História da urbe.
Trata-se de um edifício que data da segunda metade do séc. XVI, e que foi residência senhorial da família dos Magalhães de Alvellos, tendo sido incendiado em 1809. Este facto fez com que em Amarante permanecesse nas suas ruínas um certo simbolismo da heroicidade e da resistência da população amarantina às tropas napoleónicas comandadas por Loison.