“Uma das coisas que mais me alegra é o facto de este Prémio ter o nome de Teixeira de Pascoaes. De facto, Teixeira de Pascoaes é uma referência notável. Pascoaes é, na verdade, um poeta enorme”, assim começou por referir Luís Quintais, no discurso da cerimónia de entrega do Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, que decorreu a 20 de janeiro, no Salão Nobre do edifício dos Paços do Concelho.
O poeta, ensaísta, antropólogo e professor, Luís Quintais, revelou que leu muito Teixeira de Pascoaes na juventude e explicou uma das razões que o leva a gostar muito do autor: “ele representa uma tradição dentro da poesia que eu gostaria de caracterizar como contra moderna, de génese romântica. A poesia, para mim, é um ato de celebração da irracionalidade humana e acho que é uma das razões por que lhe devemos tanto – uma dimensão que Pascoaes captou muito bem!”. Após o discurso o vencedor do Prémio surpreendeu ainda os presentes com a leitura de alguns poemas.
Nas palavras do Presidente da Câmara Municipal de Amarante, “Teixeira de Pascoaes destaca-se como figura incontornável da nossa cultura e a ele devemos, não só a sua obra literária, de enorme relevo e valor, mas também o facto de ter permanecido fiel durante toda a sua vida, a uma mensagem de humildade e de tolerância e a uma missão de preservação, valorização e projeção dos valores e das referências de Amarante. José Luís Gaspar reiterou ainda “este prémio trata de fazer justiça a uma vida e uma obra notáveis, acarinhando uma referência literária de dimensão internacional, que merece ser destacada, estudada e admirada.”
Como habitualmente, após a cerimónia de sessão solene seguiu-se o descerramento da placa alusiva a esta edição, na Biblioteca Municipal Albano Sardoeira.
Recorde-se que o Grande Prémio de Poesia Teixeira de Pascoaes, com um valor de 12.500.00€ (doze mil e quinhentos euros), destina-se a galardoar anualmente uma obra em português e de um autor português, publicada integralmente e em 1.ª edição no ano anterior, homenageando e perpetuando a memória de Teixeira de Pascoaes. Este ano, e a título excecional, foram admitidas obras publicadas em 2015 e 2016.