Nuno Mocinha, na inauguração desta exposição referia a visiblidade que o MACE tem vindo a adquirir no panorama da arte contemporânea nacional e internacional, salientando o facto de se dar “início ao programa comemorativo dos 10 anos do museu, com um artista de Elvas, e com esta exposição”.
Após a visita à exposição decorreu um diálogo entre diálogo entre Paulo Pires do Vale e Tomás Maia sobre “A Noite”, de participação livre e terá lugar na sala do Consistório do MACE. Em junho será ainda lançada uma publicação com textos inéditos do artista e da curadora.
O artista Rui Serra, natural de Elvas, neste projeto insinua-se como referência ao seu processo criativo, que ao longo de toda a sua obra tem vindo a questionar as relações entre as possibilidades da pintura, enquanto superfície de coincidência e dissidência do abstrato e do figurativo, e uma ontologia da vontade pictórica filiada no gesto mecânico.
A mostra tem curadoria de Ana Cristina Cachola e marca o início das comemorações dos 10 Anos MACE, instituição museológica que acolhe desde a sua fundação, a 8 de julho de 2007, a Coleção António Cachola, e onde fica patente até 25 de junho.
O programa 10 Anos MACE, promovido pela Câmara Municipal de Elvas e a Coleção António Cachola, conta também com o lançamento de publicações e projetos curatoriais a serem apresentados no museu, em mais 10 espaços da cidade de Elvas, em Badajoz, outros locais no Alentejo e Sul de Espanha, em Lisboa e no Porto, bem como com a apresentação de iniciativas temáticas, entre as quais se destaca a atribuição de 10 comissões a 10 jovens artistas portugueses para a criação de trabalhos inéditos.
Assim do programa destaca-se:
A 18 de maio, no âmbito da ARCO Lisboa – Feira Internacional de Arte Contemporânea realiza-se uma visita-guiada à exposição de José Pedro Croft, artista que este ano representa Portugal na Bienal de Veneza. Trata-se da última das oito exposições do Ciclo Coleção António Cachola/MACE no espaço Chiado 8 em Lisboa (2015/17), com curadoria de Delfim Sardo.
Prosseguindo a visão que destaca a Coleção António Cachola como uma das mais atualizadas e importantes coleções privadas do país, no âmbito da efeméride serão também apresentadas 10 comissões atribuídas a 10 jovens artistas portugueses, que ainda não estavam representados na coleção, para a criação de trabalhos inéditos. A seleção dos artistas está a cargo de um comité formado por Filipa Oliveira, Curadora – Fórum Eugénio Almeida, João Laia, Escritor e curador independente, e Ana Cristina Cachola, Curadora e investigadora.
No dia 8 de junho, Ana Rito inaugura uma exposição individual com curadoria de Isabel Nogueira, tornando-se a primeira artista contemporânea portuguesa a expor no Forte de Nossa Senhora da Graça em Elvas, um dos monumentos ex libris da cidade Património Mundial da UNESCO.
A 8 de julho, dia em que se assinalam 10 anos da inauguração do MACE, inaugura UMA COLEÇÃO = UM MUSEU| 2007-2017, a exposição coletiva com curadoria de João Silvério a partir das obras da Coleção António Cachola, que tendo como ponto de partida o MACE alarga-se a mais nove espaços da cidade de Elvas, a outros locais do Alentejo e Sul de Espanha.
A 29 de novembro a Coleção António Cachola viaja até à Galeria Municipal do Porto, onde será a vez do curador João Laia trabalhar as obras da coleção, numa seleção que irá incluir alguns dos novos trabalhos resultantes das 10 comissões atribuídas a jovens artistas portugueses.