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Uma viola para azeite e outras histórias que davam ritmo ao contrabando

Uma viola fabricada em metal e utilizada para contrabandear azeite entre Portugal e Espanha durante a II Guerra Mundial constitui o tema da sessão “Um Objeto e seus Discursos por Semana” deste sábado.
O evento do ciclo municipal tem lugar no Museu dos Transportes e Comunicações, na Alfândega, pelas 18 horas, e leva o público a viajar por histórias misteriosas e curiosas das gentes das zonas fronteiriças em tempos de maiores dificuldades.
Apesar da complexidade e exigência da sua estrutura, a Alfândega não conseguiu, ao longo do tempo, evitar situações diversas de contrabando. Prova física disso é o objeto da semana, cabendo os primeiros passos desta “viagem no tempo” ao antropólogo Luís Cunha, com trabalho de investigação sobre a memória social no contexto da fronteira luso-espanhola; e ao chefe da Divisão Operacional do Norte da Direção de Serviço Antifraude Aduaneira da Autoridade Tributária, Bráulio Guerrilhas Pires. A moderação é da museóloga Suzana Faro, coordenadora do Museu dos Transportes e Comunicações na Alfândega do Porto.
A curiosa viola, propriedade da Autoridade Tributária e Aduaneira e que serve de mote à sessão, representa um testemunho engenhoso e criativo da atividade paralela e desenquadrada da legalidade. À configuração (na forma e na dimensão) do instrumento musical, alia a estrutura metálica da caixa, cordas artificiais e um orifício dissimulado na base, por onde se enchia o azeite que era contrabandeado nas fronteiras ibéricas no período da II Guerra Mundial.
A programação completa do ciclo “Um Objeto e seus Discursos por Semana”, cujas iniciativas são de acesso gratuito mediante levantamento de bilhete, está disponível no site www.umobjetoeseusdiscursos.com.
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