Encontrar pontos em comum entre os arquipélagos da Macaronésia para desenvolvimento da economia azul, foi um dos pontos destacados pelo presidente da Câmara do Funchal, Miguel Silva Gouveia, esta quarta-feira, durante a conferência organizada pela autarquia no âmbito do Seminário do projecto europeu, ‘Macarofood’.
Salientando que a iniciativa “é mais um passo importante numa já profunda colaboração” que existe entre estas ilhas, Miguel Silva Gouveia explica que a CMF aproveita a massa crítica da própria autarquia para apostar na economia do mar, enfatizando que a do Funchal é “uma das poucas câmaras do país que tem investigação” e, neste caso em concreto, orientada para o estudo das espécies e avifauna marinhas. Ou seja “A câmara acaba por ser um parceiro fundamental neste tipo de projectos que procuram, através da investigação, diversificar as nossas fontes económicas. Neste caso, num projecto gastronómico, tentando utilizar aqueles que são os recursos marítimos, mas de uma forma já sustentável”, considera o presidente.
Miguel Silva Gouveia elogia “este novo paradigma que olha para os recursos, não de uma forma predatória como há uns anos era comum, mas numa simbiose, para serem utilizados de forma sustentável”.
Entre as várias espécies que têm sido investigadas pela CMF, está a cavala da Índia, o camarão de profundidade e a lagosta. No futuro, ambiciona Miguel Silva Gouveia, poderão ser utilizados no sector gastronómico para, explica, “oferecer
a quem nos visita um produto gastronómico diferenciado, genuíno e que nos identifica, a nós, Macaronésia”.