O Secretário Regional Adjunto da Presidência para as Relações Externas defendeu hoje, na Horta, que os valores que estiveram na base da criação da União Europeia devem ser “relembrados” e “mantidos”.

 

“Os valores de Jean Monnet foram sempre os da liberdade, da democracia, da dignidade humana, do humanismo”, afirmou Rui Bettencourt, que falava numa iniciativa para assinalar os 40 anos da morte de Jean Monnet, frisando que esses valores “hoje são muito mais pertinentes do que há 10 ou 15 anos atrás porque muitas vezes estão em risco”.

 

Para o governante, é importante “olhar para o nosso passado e para a nossa história”, porque “o que somos, aquilo que queremos para o futuro encontra muitas vezes explicação na nossa história, naquilo que fomos, de onde viemos, e na nossa caminhada”.

 

“A Europa parte de três ou quatro princípios muito importantes”, considerou o titular da pasta das Relações Externas, sublinhando que “um primeiro princípio é que deve haver uma união dos povos europeus”, princípio que, por vezes, “é esquecido”.

 

Por outro lado, salientou também a importância das pessoas, das convicções e da ação em todo o processo de construção da União Europeia e do futuro.

 

Rui Bettencourt considerou Jean Monnet como “uma figura central da construção da União Europeia, da Europa, daquilo que somos hoje”, mas também “um arquiteto da União Europeia” e um homem “exemplar”, que construiu e imaginou a Europa e as instituições europeias.

 

“Pelo facto de sermos dos Açores, de sermos do Faial, de sermos de ilhas pequenas, de sermos apenas 250 mil habitantes, nada deve impedir que imaginemos ter uma ação como tiveram homens como Jean Monnet. Nada pode impedir, nem sequer o facto de sermos pequenos”, afirmou o Secretário Regional.

 

Na sua intervenção e dirigindo-se aos jovens da Escola Secundária Manuel Arriaga e da Escola Profissional da Horta que assistiram à palestra, Rui Bettencourt disse que os jovens “estão no centro” e que este é o momento deles, pelo que se devem afirmar “com convicções, com ação, com participação” porque “nada na União Europeia daqui para a frente pode ser feito sobre vocês sem vocês”.