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Vasco Cordeiro inaugura exposição que “traz José Nuno da Câmara Pereira de volta a casa”

O Presidente do Governo inaugurou hoje, em Vila do Porto, uma exposição evocativa do artista plástico José Nuno da Câmara Pereira, que constitui, segundo Vasco Cordeiro, uma homenagem à vida e à obra “de quem tanto deu de nós pelo mundo fora”.

 

“Trazemos José Nuno da Câmara Pereira de volta a casa. À “sua” ilha e ao começo de tudo. E digo de quem tanto deu de nós pelo mundo fora, porque o facto de ser um de nós, um Mariense, um Açoriano, nunca esteve alheio à sua carreira e obra, prestigiando, por isso, a sua terra e o seu Povo. Os Açores”, salientou Vasco Cordeiro.

 

Na abertura da exposição ‘Território de Transformação: José Nuno da Câmara Pereira (1937-2018)’, patente no Núcleo de Vila do Porto do Museu de Santa Maria, o Presidente do Governo sublinhou ainda que o Executivo vê os museus dos Açores exatamente como o nome desta exposição – “territórios de transformação”.

 

Segundo disse, neste sentido, o Governo persiste na “ideia de que os Museus são instrumentos de preservação da memória cultural das comunidades, além de serem igualmente responsáveis pelo património natural, cultural, material e imaterial, pela criação e pela fruição culturais”.

 

“Temos, por isso, feito um enorme investimento nessa área, por todas as ilhas, concretizando em cada uma delas este entendimento”, adiantou Vasco Cordeiro, apontando os exemplos da recente inauguração do Núcleo de Vila do Porto do Museu de Santa Maria, da inauguração para breve do Museu do Tempo, que é o primeiro edifício do Ecomuseu do Corvo, da construção já em curso do Museu Francisco de Lacerda, em São Jorge, entre outros projetos que estão em desenvolvimento, como o Núcleo Museológico da Construção Naval, em Santo Amaro, no Pico, ou as obras que brevemente serão lançadas na Igreja da Graça, em Ponta Delgada, mais conhecida por Academia das Artes, ou a segunda fase – e final – da intervenção no Museu Carlos Machado, também em Ponta Delgada.

 

Depois de salientar que “nenhuma destas iniciativas acontece, acontecerá ou aconteceu no passado, por mero acaso”, Vasco Cordeiro realçou que estes museus procuram, assim, ser “espaços onde quem nos visita, quer sejam crianças e jovens das nossas escolas, quer sejam cidadãos dos Açores, ou visitantes, por turismo ou em trabalho, espaços de descoberta do que somos, de quem somos ou de como fomos e vamos ser”.

 

“E, por isso, somos como Povo, um pouco do que se vê hoje nesta mostra abrangente da obra genial de José Nuno da Câmara Pereira, como podemos dizer que somos também um pouco do que se pode ver em Ponta Delgada, no Núcleo de Santa Bárbara do Museu Carlos Machado, da exposição permanente de Canto da Maya”, salientou.

 

A exposição hoje inaugurada acontece 23 anos depois da primeira mostra que José Nuno da Câmara Pereira realizou em Santa Maria, aquando da inauguração do museu em Santo Espírito, tendo então apresentado oito obras selecionadas da vasta produção que havia realizado até então.

 

Ancorada numa criteriosa seleção de objetos artísticos, esta exposição apresenta cerca de três dezenas de peças e também vária documentação gráfica, fotográfica e filmográfica, proveniente de diversas coleções públicas e privadas, na sua maioria sedeadas na Região Autónoma dos Açores.

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