
Antes da pausa em agosto, o programa municipal Ciclo Cultural dos Cemitérios do Porto, já na 12.ª edição, levou o público inscrito a uma visita guiada pelo romântico Cemitério Britânico.
Cerca de 70 pessoas participaram na visita do último sábado, que se iniciou na capela do Cemitério Britânico, com os seus vitrais únicos e imponentes órgãos.
Apresentada pelo vereador do pelouro de Inovação e Ambiente, Filipe Araújo, a última sessão antes das férias deste programa teve como guia o historiador Francisco Queiroz.
Numa visita com tradução para língua gestual portuguesa, conheceu-se a dinâmica de utilização dos cemitérios protestantes, completamente distinta da que habitualmente se encontra nos católicos.
Nos cemitérios para protestantes não existe o culto pelos mortos; não é visível a colocação de velas ou flores pelos jazigos. Há até uma certa negligência com os próprios jazigos, onde se deixa crescer livremente a vegetação, conferindo-lhes um certo romantismo.
Visitou-se o túmulo do Barão de Forrester, desta vez com uma surpresa preparada pelos gestores deste cemitério: foi apresentada uma cópia de um desenho, com mais de 150 anos, realizado no exato local onde se encontra hoje a sepultura desta personalidade.
Francisco Queiroz explorou a simbologia das construções fúnebres, aqui, sim, muito semelhante à encontrada nos cemitérios católicos.
Apontou, por exemplo, para ouso de colunas quebradas como símbolo de morte digna e algumas inspirações em obras do conhecido escultor Emídio Amatucci.
O Ciclo volta em setembro, precisamente no dia 2, com o tema “Música”. A primeira sessão de regresso do programa conduzirá os participantes pelo Cemitério de Agramonte.
Todas as visitas poderão ser traduzidas para Língua Gestual Portuguesa, por solicitação na pré-inscrição, com antecedência mínima de dois dias úteis.
Pré-inscrição: parquesurbanos@cm-porto.pt
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