Edifício do séc. XVI pertencente originalmente aos Morgados Moreira, sendo também conhecido como “Palacete do Morgado” e que, em 1780, passou para a família Velho da Costa. Esta casa corresponde, sem dúvida, ao imóvel de arquitetura civil mais imponente e singular da vila de Messejana.
A construção atual data do primeiro terço do século XIX, mas a sua história vem já do século XVI e liga-se à própria vida da vila e a certos acontecimentos históricos da mesma, apesar de alguns estarem, ainda, envoltos em lendas.
Segundo uma delas terá sido neste edifício que se acolheu, em 1573, o rei D. Sebastião e a sua Corte durante a estadia de 4 dias em Messejana, no decurso de um périplo que efetuou pelo sul do pais. Nessa altura era seu proprietário D. Lourenço da Silva, Conselheiro do rei.
A fachada atual, virada para a Praça, foi construída em 1829 e o seu interior sofreu remodelações em finais do séc. XIX. Contudo, ostenta ainda no teto de uma das salas do primeiro piso o escudo com as armas dos Velho da Costa, num conjunto de pintura verdadeiramente impressionante. Tem também outras salas com pinturas nos tetos e paredes, aparentemente, do século XVIII, início do XIX, e outras de finais do século XIX. Para além da profusão de pinturas, o edifício conta ainda com outros pormenores de interesse: destaque para a cozinha, com o seu majestoso lar; para a capela privativa integrada no corpo do palacete; para o tanque ornamentado; ou para o jardim que ocupa toda a traseira do edifício.
Atualmente o palacete está dividido, sendo ocupado pela Misericórdia de Messejana, pela Junta de Freguesia e por três casas particulares, o que levou à sua descaracterização devido à introdução de modificações na sua estrutura interna e na sua fachada.