A construção deste edifício resultou da vontade do Coronel Alexandre Martins Mourão (1860-1948), natural de Ervidel, que pretendia criar uma Escola Primária Elementar Agrícola. Esta escola tinha como objetivo principal, combater o analfabetismo e ensinar as técnicas da lavoura aos jovens da sua terra, para formar operários especializados na atividade agrícola, aliás, a única atividade ali existente nesse tempo.
A Escola Elementar Agrícola deveria ter, segundo o seu fundador, um edifício com salas de aula, uns anexos para alfaias agrícolas e um terreno para os alunos praticarem nas atividades da lavoura.
A primeira pedra desta obra foi lançada em 1927 mas, devido a contratempos de diversa ordem nomeadamente, a falta de verbas e a falta de interesse por parte do Estado numa Escola com aqueles pressupostos, a construção do edifício escolar prolongou-se por diversos anos. Contudo, depois do seu promotor decidir doar o edifício ao Estado, foi a expensas do Estado que a obra foi concluída embora com muitos atrasos devidos a burocracias e sucessivas alterações ao projeto.
A Escola acabou por ser inaugurada em Setembro de1937, dez anos após o início das obras, embora sem a conclusão das instalações sanitárias porque o Ministério da Educação de então, considerava não serem fundamentais para o funcionamento escolar. Embora a Escola estivesse a funcionar com quatro salas de aula desde a sua inauguração, as instalações sanitária só terão sido concluídas em 1945.
O projeto de arquitetura da Escola era da Repartição das Construções Escolares (tipo XX-nº 27). O edifico de 2 pisos possuía 4 salas de aula e 2 salas para professores, divididas pelos 2 pisos e ainda a existência de uma cantina na cave do edifício. Todas as salas de aula eram amplas e iluminadas por grandes janelas, a cantina só funcionou de 1975 a 1978 e nunca na cave do edifício.
A Escola nunca teve a sua componente técnica agrícola, como projetada pelo seu fundador, funcionando sempre como Escola Primária Elementar.