Perfeitamente inserido no traçado do Bairro do Arco do Cego, constitui o primeiro equipamento escolar modelar modernista da capital. O projeto inicial, da autoria do arquiteto Jorge Segurado, datado de 1932, previa a construção de uma grande escola primária, no entanto, em 1938, já com a obra em curso, o Plano do Estado Novo para edificar 13 liceus ordenou que fosse elaborado um projeto de adaptação da escola primária a liceu, com o objetivo de aí ser instalado definitivamente o Liceu D. Filipa de Lencastre, que funcionava no Palácio da família Corte-Real, ao Quelhas. Este liceu, como atualmente o conhecemos, ficou concluído em 1940.
De planta simétrica, o edifício foi estruturado a partir de um corpo principal, que acolhe os serviços de administração e salas de aula em torno de um pátio de recreio. Em perfeita harmonia com o eixo de composição do bairro habitacional, o projeto associou ao corpo principal, o corpo do ginásio, assim como o corpo de entrada, ladeado por dois corpos semicirculares.
Este jogo de volumes alia o racionalismo do programa ao ecletismo do bairro onde está inserido. Com a adaptação da escola primária a liceu feminino, o arquiteto, ao reavaliar o programa e o projeto do edifício, conseguiu aproveitar os espaços existentes em duplicado, uma vez que a escola primária previa a separação de espaços letivos e de recreio entre meninos e meninas, introduzindo, assim, programas específicos de um liceu como o auditório, salas de desenho, de trabalhos manuais, de lavores e de canto coral.
Este imóvel encontra-se classificado como Monumento de Interesse Público.
Transportes:
Autocarros: 713, 716, 720, 742, 767.
Source: CM Lisboa.