Chafariz mandado construir a 15 de Julho de 1880 por Alonso Gomes, de traça neoclássica, é pintado em tons de branco e azul, cores que continuam a sobressair na arquitetura alentejana.
Alonso Gomes, filho de exilados espanhóis, nasceu em Mértola em 1819 e destacou-se na atividade mineira com a exploração de diversas minas de manganês e de chumbo no Baixo Alentejo e na navegação a vapor, com a exploração de carreiras fluviais entre Mértola e Vila Real de Sto. António e marítimas entre Lisboa e os portos do Algarve (1874-1897).
Descobriu e explorou mais de 40 concessões definitivas de minas de manganês no Baixo Alentejo, na segunda metade do século XIX. A sua atividade mineira estendia-se por várias áreas do Alentejo, o que originava um contato frequente com as populações, cujos problemas e carências ele conhecia muito bem. No final do século XIX as autarquias mal conseguiam verbas para subsistir. Perante essa situação, Alonso Gomes deixava sempre em cada terra por onde passava, uma obra feita à sua custa. Em Messejana não havia uma fonte com capacidade para abastecer a população. Então, ele mandou fazer uma, com todos os requisitos necessários para satisfazer esse fim.
O Fontanário, conhecido pelo Chafariz, já não é utilizado. Possuía duas torneiras para encher as vasilhas e um espaçoso bebedouro onde as parelhas, as juntas de bois, e outros animais podiam saciar a sede.