Construída na década de 40, ao abrigo de um plano de modernização do Porto de Lisboa, foi inaugurada em 17 de julho de 1943, com projeto do arquiteto Pardal Monteiro, que visava facilitar a atividade no cais e dar ao passageiro o máximo de comodidade.
A sua conceção revelou um edifício amplo, de linhas elegantes e modernas, com uma estrutura de betão armado, desenvolvido em 2 pisos, o térreo ligado às atividades e serviços do cais e o superior relacionado com o acesso e acolhimento de passageiros.
Neste último, merecem destaque a nave alongada de linhas curvilíneas e o amplo vestíbulo central, decorado com pinturas murais de Almada Negreiros, subdivididas em 2 trípticos (a nascente,”Quem não viu Lisboa não viu coisa boa”, que retrata a vida da cidade no seu quotidiano, em especial as fainas marítimas e, a poente, subordinado ao tema da ”Nau Catrineta”) e ainda, em 2 figuras avulsas, uma delas alusiva ao ”Milagre de D. Fuas Roupinho”.
No exterior, a parte central da fachada está definida por pano de muro côncavo, vazado ao nível do piso térreo por 3 portas rectangulares envidraçadas, protegidas por pala e encimadas até ao remate do alçado por 3 grandes janelões retangulares. Remate esse, feito por volume recuado vazado por 7 óculos circulares. Toda a fachada é, ainda, percorrida por um extenso terraço, que se estende em ambos os lados para além do edifício.
A partir da década de 80, com o alargamento do cais e a extinção da maioria das carreiras de passageiros, esta estação viu o seu movimento reduzido e passou a ser disponibilizada para outros projetos, para além da sua função inicial. Este imóvel encontra-se classificado como Monumento de Interesse Público.
Transportes:
Autocarros: 201, 712, 720, 728, 732, 738, 760.
Elétricos: 15E, 28E.
Comboio: Alcântara-Mar.
Source: CM Lisboa.