Mandada edificar em 1575 pela Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I, foi projetada por Jerónimo de Ruão, com provável intervenção de seu pai, João de Ruão e de Francisco de Holanda, traduzindo um templo maneirista, estilo chão, com uma fachada monumental de dois pisos, que sofreu grande ruína com o terramoto de 1755. Subsistiu apenas a capela-mor, o arco do cruzeiro e parte das paredes. A atual fachada foi construída em 1870, sob projeto do arquiteto Valentim Correia.
No interior merecem destaque: a capela-mor com abóbada de berço, decorada com caixotões marmóreos ornados com motivos de quadrelas inspiradas nos modelos de Sebastiano Serlio; a sepultura simples que acolhe os restos mortais da Infanta D. Maria, filha de D. Manuel I; o retábulo maneirista de talha dourada com excelentes pinturas de Francisco Venegas e Diogo Teixeira; o conjunto de mármores embutidos que revestem a banqueta; pelo seu valor estético e iconográfico, os retábulos pintados sobre suporte de madeira representando a Circuncisão e a Fuga para o Egipto, e S. Bento dando a Regra aos frades de Cristo e às freiras da Encarnação; os baixos relevos renascentistas do altar-mor, representando figuras alegóricas; entre outros.
Encontram-se ainda, no corpo sul da igreja, vestígios de uma antiga capela, construída pela população em 1463/64, nomeadamente um arco manuelino e azulejos hispano-árabes.
A classificação como Monumento Nacional diz respeito à Capela-Mor e à Sepultura da Infanta D. Maria, filha do rei D. Manuel I.
Transportes:
Autocarros: 703, 764, 767.
Source: CM Lisboa.