A referência mais antiga que se conhece a esta igreja data de 1758 e vem mencionada nas Memórias Paroquiais, inquérito mandado fazer pelo Marquês de Pombal após o terramoto de 1755, para avaliar os estragos sofridos em cada povoação.
Assim, no inquérito referente a Ervidel, que na altura pertencia ao concelho de Beja, vem descrita a Igreja Paroquial de São Julião, como sendo uma igreja de uma nave apenas e possuindo cinco altares, o altar-mor com a Eucaristia, o de Nª Srª do Rosário com imagens adicionais de S. Francisco e de Stº António, o de Santo Nome de Jesus com imagens de Deus menino, S. Luís Bispo e Nª Srª do Carmo e o altar das Santas Almas com imagens de S. Miguel Arcanjo e de Stª Luzia. O quinto altar situa-se numa capela anexa com uma imagem de Nª Srª da Graça, que foi orago da povoação até 1630 tendo então passado a São Julião.
Esta capela, construída no estilo gótico manuelino – com abóboda de cruzaria de ogivas rematadas por pequenos medalhões e a existência no exterior de pináculos cónicos com merlões chanfrados – terá sido até essa data o único lugar de culto da povoação, altura em que se construiu junto dela a atual igreja, na traça que ainda hoje possui, com exceção da fachada que sofreu alteração já no século XX devido à queda do telhado.