A santa começou a ser venerada há vários séculos, na sequência de uma preciosa ajuda que deu às tropas portuguesas, na grande Batalha de Castelo Rodrigo, entre Castelhanos e Portugueses, travada em mil seiscentos e sessenta e quatro, nos campos que rodeiam Mosteiro de Santa Maria de Aguiar. Apesar de estarem em maior número, os espanhóis foram derrotados. Os mortos e feridos foram tantos, que a refrega ficou conhecida como «Batalha da Salgadela». Segundo a lenda, a santa teve um papel preponderante na vitória lusa, já que recebia no seu manto as balas que os castelhanos disparavam, evitando que os portugueses fossem atingidos. Um castelhano terá avistado Nossa Senhora e dito aos companheiros de armas:
“— Mira, que anda Santa Capeluda a aparar las balas con un azafate”. A dada altura, os soldados de ambos os lados viram, com espanto, a Senhora a elar-se nos ares, rodeada por uma auréola e desaparecer no meio das nuvens. Nesse momento, os portugueses souberam que Nossa Senhora de Aguiar os tinha socorrido, atendendo às suas súplicas. — Outra lenda tem como cenário a Torre de Aguiar, situada nas proximidades do Mosteiro. Ali habitava um castelão e a mulher. Um dia, quando foi caçar, apareceram os invasores castelhanos e, perante o perigo de ser levada, a mulher rezou a Nossa Senhora, para que a protegesse. Terá, então, aparecido um cavalo, junto de uma das janelas da fortaleza, no qual a mulher pôde fugir para o convento. Fonte: FRAZÃO, Fernanda. Passinhos de Nossa Senhora – Lendário Mariana. Lisboa. Apenas Livros. dois mil e seis. páginas sessenta e cinco e sessenta e seis.
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