O Museu Nacional de Etnologia é indissociável da história da antropologia portuguesa. Nele se vem a projetar uma dimensão fundamental do trabalho dos pioneiros desta disciplina no país. A partir do Centro de Estudos de Etnologia, que dirige desde 1947, Jorge Dias e aqueles que o irão acompanhar nos anos subsequentes, Margot Dias, Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, entre outros, iniciam uma pesquisa extensiva e continuada sobre os elementos da cultura material que, anos mais tarde, viriam a ser igualmente recolhidos para constituir as colecções do museu.
Do diversificado acervo do museu importa referir a preocupação que acompanhou a constituição sistemática das suas principais colecções. Assim foi com aquelas que se referem ao domínio da cultura material em contexto português, que corresponde a campos de investigação traduzida em monografias que fornecem o quadro de interpretação para os objetos coletados. São disso exemplo de particular relevo os estudos sobre os arados, os sistemas de atrelagem, os equipamentos associados às atividades agro-marítimas, a tecnologia têxtil, a generalidade da alfaia agrícola.
Outras coleções foram resultado de campanhas conduzidas de modo a poder representar outras áreas do globo, no sentido da afirmação universalista do museu, o que aconteceu, por exemplo, com a Amazónia brasileira ou a Indonésia, entre meados dos anos 60 e começo dos anos 70.
Nos últimos anos, o museu tem sido gratificado com o importante contributo de algumas doações, que vieram colmatar em absoluto lacunas do seu acervo ou completar conjuntos já existentes. Assim aconteceu com as máscaras e marionetas do Mali, oferecidas por Francisco Capelo, que integraram uma das exposições de grande relevo realizadas pelo museu.
Encerra às segundas-feiras. À terça-feira só abre portas às 14 horas.
Bilhete Normal: 3 euros
Transportes:
Autocarros: 714, 728, 732.
Source: Museu Nacional de Etnologia