A história deste lugar mágico começa no século XII, altura em que ali existia uma capela dedicada a Nossa Senhora da Pena. Neste mesmo local, D. Manuel I mandou edificar um Mosteiro, o Real Mosteiro de Nossa Senhora da Pena, posteriormente entregue à Ordem de São Jerónimo.
O terramoto que atingiu Lisboa em 1755 deixou o mosteiro praticamente em ruínas. Mesmo degradado, o Mosteiro manteve a sua atividade, mas, passados quase cem anos, em 1834 quando se deu a extinção das ordens religiosas em Portugal, foi deixado ao abandono. O Parque da Pena ainda conserva recantos que remetem para esta época, como por exemplo a Gruta do Monge, local onde os monges praticavam o recolhimento.
O edifício é circundado por outras estruturas arquitetónicas que apelam ao imaginário medieval com os caminhos de ronda, torres de vigia, um túnel de acesso e até uma ponte levadiça. O palácio incorpora referências arquitetónicas de influência manuelina e mourisca que produzem um surpreendente cenário “das mil e uma noites”
No parque, traduzindo a expressão da estética romântica e aliando a busca do exotismo à impetuosidade da natureza, o rei desenhou caminhos sinuosos que conduzem o visitante à descoberta de locais de referência ou de onde se desfrutam vistas notáveis: a Cruz Alta, o Templo das Colunas, o Alto de Sta. Catarina, a Gruta do Monge, a Fonte dos Passarinhos, a Feteira da Rainha e o Vale dos Lagos.
Ao longo dos caminhos, com o seu interesse colecionista, plantou espécies florestais nativas de todos os continentes, que fazem com que os 85 hectares do Parque da Pena se traduzam no mais importante arboreto existente em Portugal. Destacam-se as coleções de camélias asiáticas, introduzidas por D. Fernando II no Parque da Pena na década de 1840 e que se tornaram o ex-libris do inverno sintrense sendo motivo de bailes e festas. O exótico arvoredo enquadra pavilhões e pequenas edificações, compondo um cenário de inigualável beleza natural mas, também, de grande relevância histórica e patrimonial.
O Palácio da Pena foi classificado como Monumento Nacional em 1910 e é o mais importante polo da Paisagem Cultural de Sintra, classificada pela UNESCO como Património Mundial da Humanidade desde 1995.
Horário: Todos os dias, das 10:00 às 18:00
Morada: Estrada da Pena, 2710-609 Sintra