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Palácio Nacional de Sintra

O Paço de Sintra é pela primeira vez referido por Al-Bakrî, geógrafo árabe do século X, juntamente com o castelo que lhe faz face no alto da serra, hoje denominado Castelo dos Mouros. Em 1147, na sequência da conquista de Lisboa por D. Afonso Henriques, dá-se a rendição dos almorávidas de Sintra, pondo fim a mais de três séculos de domínio muçulmano. Na situação do atual palácio, no chamado Chão da Oliva, situava-se, provavelmente, a residência dos governadores mouros, cujos vestígios estão por encontrar.

Praticamente todos os reis e rainhas de Portugal habitaram o Palácio Nacional de Sintra por períodos mais ou menos prolongados, aqui deixando a sua marca e a memória das suas vivências. Ao longo do tempo, foi tomando diferentes formas e incorporando as tendências artísticas das várias épocas, apresentando, hoje, vários estilos arquitetónicos de que sobressaem os elementos góticos e manuelinos. É, também fortemente marcado pelo gosto mudéjar – simbiose entre a arte cristã e a arte muçulmana – patente nos exuberantes revestimentos azulejares hispano-mouriscos. A configuração atual do edifício resulta essencialmente das campanhas de obras promovidas nos reinados de D. Dinis, D. João I, D. Manuel I e D. João III.

O Palácio, a vila de Sintra e o seu território foram concedidos à Rainha Santa Isabel em 1287 pelo rei D. Dinis. A propriedade continuava a ser da coroa, mas a rainha era a beneficiária dos seus proventos económicos. Um século mais tarde, a entrega de Sintra às rainhas tornou-se prática constante. Ao receber a vila e os seus paços, as rainhas de Portugal eram senhoras de todo um vasto património que lhes permitia manter uma Casa, ou seja, um elevado número de pessoas que dela dependiam. A Casa das Rainhas era portanto todo o conjunto de palácio, propriedades, rendas e pessoas à sua guarda: desde senhoras nobres e oficiais a serventes e pessoas escravizadas.

Nos últimos anos, o Paço de Sintra tem-se assumido como um dos mais importantes polos culturais no coração da vila de Sintra. Faz parte da Paisagem Cultural de Sintra, inscrita pela UNESCO como Património Mundial, a 6 de dezembro de 1995. Desde setembro de 2012, integra o património sob a gestão da Parques de Sintra e, em 2013, foi incluído na Rede de Residências Reais Europeias.

Neste palácio, a Parques de Sintra tem promovido diversas intervenções de conservação, sendo a mais recente o restauro integral do Jardim da Preta, que pode ser visitado gratuitamente. A empresa tem vindo a investir, igualmente, no enriquecimento do acervo do monumento, tendo integrado no circuito expositivo, em 2019, um raro Leito de Aparato do século XVII, peça única em Portugal. Ao nível da museografia, foram recentemente recuperados e abertos ao público os Aposentos de D. Maria Pia de Sabóia. Este novo projeto expositivo e museológico integrou, no circuito de visita, um total de 8 novos espaços e cerca de 100 novos bens móveis, entre mobiliário e obras de pintura e de artes decorativas, que até agora estavam inacessíveis ao olhar dos visitantes.

Horário: Todos os dias, das 9:30 às 18:00

Morada:
Largo Rainha Dona Amélia
2710-616 Sintra, Portugal

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