Select Page

Parque Mayer

Parque Mayer está implantado no espaço que fora o dos jardins e adjacentes do Palácio Mayer (Prémio Valmor 1902), construído em 1901 por Nicola Bigaglia e pertença de Adolfo de Lima Mayer. Em 1920 foi adquirido por Artur Brandão e vendido no ano seguinte a Luís Galhardo, personalidade ligada ao meio teatral, que sonhava criar um espaço dedicado ao divertimento. Tendo fundado a Sociedade Avenida Parque, assim iniciou neste recinto grandes momentos de diversão, espectáculo e representação, que o veio a tornar muito popular.

Na sua inauguração, em 15 de Junho de 1922, logo aqui foi criado um Teatro, com o nome da actriz e fadista Maria Vitória, cuja morte (poucos anos antes) criara alguma consternação. Inaugurado em 1 de Julho de 1922 com a revista “Lua Nova”, o Teatro Maria Vitória é o único ainda a funcionar no recinto, mercê da persistência do seu empresário Helder Freire Costa. Em 1926 (8 de Julho), com a revista “Pó de Arroz”, abriu o Teatro Variedades e em 1931 (a 10 de Julho), Campos Figueira, à altura administrador da Avenida Parque, inaugurou o Capitólio, segundo um projecto do arquitecto Luís Cristino da Silva. Por último, já em 1956 (13 de Janeiro) o empresário José Miguel criava o novo Teatro ABC, no espaço que fora do “Alhambra” e parte do “Pavilhão Português”, estreando a revista “Haja Saúde”.

O Parque Mayer, recinto dos teatros de revista e dotado de restaurantes, carrosséis, esplanadas, pavilhões, casas de fado, barracas de tiro e outras, e onde também se exibiu cinema, luta livre e box, era um local de boémia por excelência, onde tanto ocorria o povo folião, como a elite política ou os intelectuais de Lisboa.

Actualmente, em adiantada degradação, o recinto prepara-se para uma nova revitalização, graças à aprovação do novo Plano de Pormenor.

Parque Mayer é um recinto junto à Avenida da Liberdade (Lisboa).

Os seus Teatros:

  • Teatro Maria Vitória em 1922 (Em funcionamento)
  • Teatro Variedades em 1926 (Fechado e degradado)
  • Teatro Capitólio em 1931 (Reaberto em 2016)
  • Teatro ABC em 1956 (Demolido)

Em 1999 os terrenos do Parque Mayer foram comprados pela empresa Bragaparques por 13 milhões de euros.

Em 5 de Julho de 2005 a Bragaparques permutou os terrenos do Parque Mayer por parte dos lotes municipais de Entrecampos, onde se situava a Feira Popular. Essa troca foi aprovada na Assembleia Municipal de Lisboa, por maioria, à excepção da CDU.

A Câmara ficou com os terrenos do Parque Mayer e os equipamentos culturais. Em troca, cedeu à Bragaparques o terreno da Feira Popular, sendo que coube à autarquia indemnizar os feirantes [20 milhões de euros] e assumir ainda, um pagamento anual de 2,6 milhões de euros à fundação “O Século”, que explorava o espaço, até existir um novo recinto.

A Bragaparques pôde ainda adquirir por 62 milhões de euros um terreno lateral à feira, de 59 mil metros quadrados, propriedade municipal e que foi a hasta pública, apesar da empresa se ter apresentado com a terceira proposta mais elevada

A Câmara Municipal de Lisboa contratou o arquitecto Frank Gehry para elaborar um projecto de reabilitação para o espaço. Depois de pagar 2,5 milhões de euros em honorários, acabou por desistir do projecto estimado em 117 milhões de euros — que previa a construção de três teatros, um anfiteatro, uma mediateca, um clube de jazz, e seis salas de ensaio.

A 25 de Janeiro de 2008, a Câmara de Lisboa, já sob a presidência António Costa (PS), aprovou para a Autarquia passar a defender em tribunal a nulidade da permuta dos terrenos da Feira Popular com o Parque Mayer.

O projecto de reabilitação do Parque Mayer foi entregue ao arquitecto Manuel Aires Mateus e abrangia toda a área, desde o Jardim Botânico ao Museu da Escola Politécnica.

O plano previa a construção de um hotel com 100 quartos, um novo teatro com capacidade de 600 espectadores e a possibilidade de remodelação do Teatro Variedades.

A 11 de Julho de 2010 o Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa anulou a permuta dos terrenos do Parque Mayer pelos da Feira Popular. Assim, o terreno da antiga Feira Popular e um lateral ao espaço, em Entrecampos, Lisboa, regressaram à posse da Câmara e a Bragaparques voltou a ter a posse do Parque Mayer.

Restaurante no Parque Mayer no início do séc. XX.

A 3 de abril de 2012, a Câmara de Lisboa perdeu a posse do Parque Mayer, tendo, em compensação, ficado outra vez proprietária da Feira Popular. O Tribunal Central Administrativo anulou o negócio firmado pelo município com o grupo Bragaparques em 2005, confirmando assim uma sentença proferida pelo Tribunal Administrativo e Fiscal de Lisboa em 2010.

Em janeiro de 2014, a câmara de Lisboa acordou com a Bragaparques comprar os terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer. No total, o município pagou mais de 101 milhões de euros à Bragaparques e à P. Mayer (empresa da Bragaparques) pelos terrenos. Desse valor, mais de 77 milhões de euros correspondem ao pagamento pelo lote 2 dos terrenos da Feira Popular e aos encargos fiscais e emolumentares pagos na sua aquisição.

Em março de 2014, a Assembleia Municipal de Lisboa autorizou a câmara a pagar os cerca de 101 milhões de euros à Bragaparques para a aquisição dos terrenos da antiga Feira Popular e do Parque Mayer.

O pagamento foi aprovado com os votos contra do PCP, BE, PEV, MPT e CDS-PP, a abstenção do PSD e os votos favoráveis do PS, PAN, Parque das Nações por Nós e independentes.

Em 30 de outubro de 2014, o grupo Bragaparques fez entrar no tribunal arbitral, uma petição que exige à Câmara de Lisboa uma indemnização de cerca de €350 milhões pelos lucros que deixou de ter pelo falhanço do negócio Feira Popular/Parque Mayer. A Câmara admitia que o máximo a pagar seria de €50 milhões. Em outubro de 2016 a Câmara de Lisboa foi condenada a pagar mais €138 milhões à Bragaparques.

Transportes:

Metro (Estações)

  •  » Avenida (Linha Azul) » >110 m
  •  » Restauradores (Linha Azul) » >570 m
  •  » Rato (Linha Amarela) » >730 m
  •  » Marquês de Pombal (Linha Azul / Amarela) » >780 m
  •  » Rossio (Linha Verde) » >820 m
  •  » Martim Moniz (Linha Verde) » >900 m
  •  » Intendente (Linha Verde) » >960 m

Comboio (Estações)

  •  » Rossio (Linha Lisboa<->Sintra) » >670 m

 

Fonte: Wikipedia

Contactos

morada Parque Mayer, 1250-096 Lisboa, Portugal

telefone (+351) 213 475 454

email geral@teatromariavitoria.pt

Pontos de Interesse
Teatros com História em Lisboa
Saiba quais são as principais salas de teatro em Lisboa e a história de cada uma delas.

Sepulturas da Igreja de Santa Luzia

No interior da Igreja de Santa Luzia, cuja origem parece remontar ao século XII, destacam-se dez sepulturas, em forma de lápides ou monumentos funerários, distribuídas pela capela-mor (duas), pavimentos do braço esquerdo do transepto (cinco) e da nave (três), que...

Rossio

Mais conhecida por Rossio, a Praça Dom Pedro IV é a praça que marca o centro da cidade. Tem uma bela calçada portuguesa, que foi reproduzida em várias partes de Portugal, no Rio de Janeiro e em Macau, e é muito movimentada a qualquer hora do dia.

Palácio da Mitra

As origens do Palácio da Mitra Lisbonense remontam pelo menos ao início do século XVII, embora da traça primitiva de casa de campo já não existam vestígios. Sabe-se que foi restaurado e ampliado em 1676. Em 1716-1754, voltou a ser restaurada, ganhando um cais...