A serra de Sintra é um pequeno maciço – o promontório da Lua dos romanos – postado diante do oceano e que sobe até aos 528 m na Cruz Alta. Outrora domínio dos matos, a serra mudou de feição após a introdução de diversas essências florestais. Hoje, em certos trechos, respira-se um ar de floresta densa a contrastar com o coberto da faixa litoral ou da plataforma calcária de São João das Lampas. O exotismo vegetal atinge expressão maior nos parques da Pena e de Monserrate, envoltos nos nevoeiros que dão um certo misticismo à paisagem.
Com 14.450,84 ha, o Parque Natural de Sintra-Cascais apresenta falésias, arribas baixas, praias, dunas e o focinho do cabo da Roca, pautando uma orla marítima que impressiona pelo seu vigor e em que até há trilhos de pegadas de dinossáurios (praia Grande do Rodízio).
Além de inúmeros exemplos de construção erudita – o palácio da Vila, com as suas singulares chaminés, é o símbolo do Parque Natural de Sintra-Cascais – alberga ainda, na sua área rural, curiosas manifestações de arquitetura popular.
O inegável valor cénico associado a esta área protegida foi reconhecido pela UNESCO ao integrar parte da serra e centro histórico de Sintra na Lista do Património Mundial com a categoria de “paisagem cultural”.