Obra de referência na tumulária medieval, o túmulo de D. João das Regras, falecido no início do século XV, (1404), está classificado como Monumento Nacional. Trata-se de uma arca parelelepipédica, brasonada, executada em mármore branco proveniente da região de Montelavar, assente sobre quatro leões e encimada por uma estátua-jacente do sepultado representado com barrete e vestes de letrado, com uma gola larga segura por três botões.
A figura, com a mão direita sobre o peito segurando um livro, apresenta do seu lado esquerdo uma espada com um cinturão e o punho lavrado com minúcia. Da mesma forma, a minuciosa decoração do cinto é visível na boa definição da fivela e da ponteira.
Pode ainda observar-se um cão, em posição de vigília, aos pés do jacente. As quatro faces laterais da tampa, sobre a qual se encontra a estátua-jacente, apresentam a seguinte inscrição:
‘Aqi/jaz/joan/daregas/caualeiro/doutor/em/leis/priuado/delrei/dom/joan/fundador/deste/mosteiro/finou/III/dias/de/maio/era/M/IIIC/XL/II/annos’.
Estamos perante um monumento com 215 centímetros de comprimento, 90 centímetros de largura, 53 centímetros de altura (arca) + 12 centímetros (faixa), onde os leões sobre os quais assenta o túmulo medem cerca de 30 centímetros de altura.
O exterior da Igreja do Convento de São Domingos de Benfica (atualmente o Instituto Militar dos Pupilos do Exército) foi a sua localização primitiva, tendo sido transferido, já no século XVII, para a igreja que sucedeu àquele templo, a atual Igreja de Nossa Senhora do Rosário.
Transporte:
Autocarro: 770.
Source: CM Lisboa.