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GR13 – Via Algarviana | Setor 6 – Barranco do Velho » Salir

5 h
14.0 kmDistância
NormalDificuldade
5 hDuração

Aqui vamos da serra algarvia ao barrocal, por bosques de sobreiro e medronheiro até aos pomares de sequeiro. Se é amante de orquídeas, não perca este trilho.

O setor 6 partilha o primeiro quilómetro, aproximadamente, com a pequena rota PR17 LLE – Percurso Pedestre do Barranco do Velho. Depois, a Via Algarviana segue para a direita.

O percurso atravessa, inicialmente, uma zona relativamente plana. Vai passar junto ao moinho de vento do Faranhão ou Eira de Agosto, onde pode apreciar a vista panorâmica, que vai da serra ao litoral. Este é um daqueles locais que apelam a uma pausa e a um olhar mais demorado.

Depois desce até ao Carrascalinho, ao longo de um barranco muito arborizado e agradável. Continua a caminhar em plena Serra do Caldeirão, com passagem por densos sobreirais e ricos matagais mediterrânicos, onde abundam os medronheiros, urzes e rosmaninhos.

Ribeira do Rio Seco merece que pare para descansar, comer um snack (aproveite a mesa de piquenique existente) e, se possível, refrescar os pés na água da margem.

Este ponto marca o início próximo do barrocal: repare na mudança na paisagem, sobretudo pela presença de extensos campos agrícolas de sequeiro.

Em breve vai seguir por entre antigos caminhos murados, junto de habitações dispersas, num denso pomar de amendoeiras, até chegar a Salir, o principal aglomerado populacional desta região e a maior freguesia do concelho de Loulé.

Salir fica na beira-serra, zona de transição entre o barrocal e a serra algarvia, e estabelece a ligação entre o Alentejo e o Algarve. É uma freguesia de base agrícola e florestal, com um património histórico, natural e paisagístico que vale a pena conhecer. Não se sabe exactamente qual a sua origem, sustentando-se a hipótese de ter sido habitada pelos Celtas.

Salir é também rico em lendas, nomeadamente as lendas de mouras, que perduram na cultura tradicional dos habitantes. Procure conhecer as lendas da Moura Encantada, do Cinto da Moura ou do Pente de Oiro. Podem ser apenas lendas mas, tal como diz o poeta António Aleixo:

“Prá mentira ser segura
E atingir profundidade,
Tem que trazer à mistura
Qualquer coisa de verdade”.

Este é também um dos melhores setores para os amantes de orquídeas. Na Primavera, quando estão em floração, se estiver atento não será difícil ver algumas espécies.

Neste setor encontramos também a Ligação 2 que liga a Via Algarviana à Estação de Comboios de Loulé.

 

O QUE PODE VER?

» PATRIMÓNIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO E RELIGIOSO

  • Moinho de Vento do Faranhão (ou Eira de Agosto);
  • Património hidráulico: noras, moinho de água, tanques, levadas ancestrais;
  • Moinho de Água do Rio Seco;
  • Igreja Matriz de Salir (Séc. XVI);
  • Castelo de Salir (Séc. XII);
  • Pólo Museológico de Salir.

» NATUREZA

Sítio “Barrocal” (PTCON0049) da Rede Natura 2000 é uma área de importância especial para a flora endémica (ou seja, que ocorre apenas num determinado local) e habitats naturais.

Na primavera, destaque para as orquídeas, que pode ver ao longo deste percurso: Erva-abelha (Ophrys apifera); Erva-vespa (Ophrys lutea); Abelhão (Ophrys speculum); Flor-dos-macaquinhos-dependurados (Orchis italica) ou Testículo-de-cão (Orchis morio).

Entre as plantas aromáticas (algumas com aplicações medicinais) encontra o Alecrim (Rosmarinus officinalis); o Tomilho-de-creta (Thymus capitata); a Bela-luz (Thymus mastichina); o Rosmaninho (Lavandula luisieri) e o Rosmaninho-verde (Lavandula viridis).

Pontos de Interesse

Charcos Mediterrânicos

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PR1 MOR – Mora, um Amor para Sempre

Por aqui encontra-se um Alentejo de água todo o ano, um espaço de transição entre as zonas montanhosas a leste e as lezírias a ocidente. O montado assume uma importância capital a nível da produção de cortiça e como garante de um ecossistema rico em biodiversidade,...