Conheça a Lagoa Pequena (ainda antes do Parque Natural da Arrábida) e alguns dos locais mais emblemáticos deste parque, tais como o cabo Espichel, Vila Nogueira de Azeitão, o Museu Oceanográfico Luiz Saldanha, o convento da Arrábida, as serras de S. Luís, de S. Francisco e do Louro, as belas praias, de que são exemplo o Portinho da Arrábida, e, já na Reserva Natural do Estuário do Sado, a baía de Setúbal e o moinho de maré da Mourisca.
Nos concelhos de Setúbal, Palmela e Sesimbra, o Parque Natural da Arrábida apresenta uma área terrestre de 12.328 ha, com altitude máxima de 501 m no Formosinho. Possui uma grande diversidade de solos, devido à variada constituição dos materiais rochosos da rocha mãe, mas a maioria é de origem sedimentar, apenas com algumas intrusões eruptivas na zona de Sesimbra. O litoral é rochoso, recortado por pequenas baías com praias de areia branca e com escarpas que apresentam alturas consideráveis e, por vezes, inclinações negativas. É fundamental para espécies calcícolas (i. e. que gostam de calcário), pelo que possui muitas orquídeas, e comunidades vegetais sobre “terra rossa” (material resultante da erosão dos calcários). É ainda um dos dois locais conhecidos para Chaenorrhinum serpyllifolium ssp. lusitanicum (endemismo lusitânico), que tem como nome vulgar, Lange. O cabo Espichel é o único local conhecido para Convolvus fernandesii (espécie prioritária, endemismo lusitânico e “em perigo” de extinção). Possui ainda uma área marinha o “Parque Marinho Professor Luís Saldanha”, com 5.325 ha, onde estão identificadas mais de 1.000 espécies da fauna e flora marinhas.
O estuário do Sado é local de nidificação e invernada para numerosas aves, nomeadamente limícolas, e acolhe roazes-corvineiros – a única população residente de cetáceos que, em Portugal, utiliza um estuário como área de alimentação e reprodução – e detém uma inegável importância em termos de peixes, servindo de maternidade/ infantário para várias espécies.
