Select Page

PR4 MCQ – Trilho dos Moinhos

3 h
10.2 kmDistância
NormalDificuldade
3 hDuração

Trilho circular de 10,3 km nos arredores de Monchique. Os bosques densos e frescos, os velhos moinhos, as árvores monumentais e a ribeira marcam o percurso, que inicia na vila.

 

O percurso começa no centro da vila de Monchique, no Largo dos Chorões. Siga as indicações em direção à Galeria de Santo António. Suba as escadinhas da Travessa do Revez e siga pela Câmara Municipal em direção ao Peso, passando por Mata-Porcas.

Aqui entra na vegetação densa, avistando um moinho de vento antigo, já sem uso. Se olhar em direção a nordeste avista outro moinho de vento. Continue a descer até ao Barranco dos Pisões, atravessando a Ribeira de Seixe, onde poderá visitar o Moinho do Poucochinho e um plátano centenário, classificado como árvore monumental.

De volta em direção ao centro de Monchique, suba pela serra desfrutando do clima natural e muito fresco. Siga sempre a estrada de asfalto e desça até encontrar um grande povoamento de castanheiros.

Chegando ao sítio da Portela das Eiras, siga as indicações em direção ao Convento de Nossa Senhora do Desterro, onde pode parar e contemplar a maravilhosa vista para o centro da vila. Desça de regresso ao ponto inicial, onde encontra ainda alguns fontanários e um moinho de água sem utilização, na zona do Pomar Velho. Termine o percurso no centro da vila.

 

O QUE PODE VER?

» PATRIMÓNIO HISTÓRICO

Moinho do Poucochinho (N37º20’00.28” W8º34’01.59”)
Localizado no Barranco dos Pisões, este moinho de água deve o seu nome ao antigo proprietário. O Moinho foi construído com a função de retirar a gordura e dar consistência aos tecidos produzidos pelas tecedeiras. Para isso, utilizava o pisão (engenho primitivo com um enorme martelo de madeira que a água levanta e faz cair sobre o tecido), que preparava a lã, tornando a ribeira turva, e daí o seu nome alternativo Ribeira da Tinta Negra. Aos indivíduos que trabalhavam neste ofício dava-se o nome de Pisões.

O Moinho do Poucochinho foi depois convertido para a moagem de cereais e recuperado pela Junta de Freguesia de Monchique, com mobiliário da época. Atualmente, é posto a laborar apenas com objetivos didáticos e de animação turística.

Aqui há também um Parque de Merendas: desfrute da frescura das copas verdes das árvores, do som da água da ribeira e duma fonte de água potável, aproveitando para uma pausa e para restabelecer energias.

Ruínas do Convento de Nossa Senhora do Desterro (N37º19’10.72” W8º33’35.29”)
Segundo a lenda, a criação deste convento franciscano deve-se ao cumprimento de uma promessa. Dois navegantes estavam em perigo no alto mar e prometeram que, caso se salvassem, construiriam uma igreja no primeiro lugar de terra que avistassem.

O que se sabe ao certo é que o Convento da Nossa Senhora do Desterro foi fundado em 1631 por Pero da Silva, “O Mole”, mais tarde vice-rei da Índia. São as armas do fundador que estão gravadas sobre o arco da entrada. O Convento e os frades que aí viveram por mais de dois séculos deixaram uma marca forte da sua vivência no imaginário da população de Monchique.

As ruínas do Convento erguem-se num lugar muito aprazível, rodeado de arvoredo, com um belo panorama sobre a vila e arredores. A imagem de Nossa Senhora do Desterro, orago do Convento, está atualmente na Ermida de São Sebastião, em Monchique.

Nota: Devido ao estado de degradação do edifício, não recomendamos a visitação ao interior das ruínas, por questões de segurança.



» PATRIMÓNIO NATURAL

Ribeira de Seixe
A Ribeira de Seixe nasce no concelho de Monchique e desagua no oceano Atlântico, perto de Odeceixe, no concelho de Aljezur. Numa parte significativa do seu percurso, marca a fronteira entre o Algarve e o Alentejo. O Barranco dos Pisões é um dos seus maiores afluentes.

Árvores Monumentais
Monchique tem um grande número de árvores monumentais, algumas classificadas, outras em processo de classificação. Neste percurso, vai poder apreciar três imponentes exemplares.

  • Araucária (Quinta da Vila) (N37º19’05.31” W8º33’17.67”)
    Situada num pequeno terraço do Parque Municipal, esta árvore classificada, de grande porte e 36,5 m de altura, avista-se de toda a vila de Monchique. É um marco na paisagem e uma referência na memória local.
    Diz-se que esta Araucária-de-norfolk (Araucaria heterophylla (Salisbury) Franco) foi plantada para celebrar um casamento.
    Em meados do século passado, e para demonstrar a sua coragem e ser bem visto pelas raparigas da vila, um jovem escalou a árvore para recolher a ponta (flecha) e regressou são e salvo com a ponta da árvore para mostrar a sua destreza. A árvore sobreviveu a estes danos e agora é possível ver, a partir do Miradouro do Largo de São Sebastião, as duas pontas de crescimento que criou.
  • Araucária (Quinta do Viador) (N37º19’22.66” W8º33’28.00”)
    É fácil avistar esta árvore monumental classificada, uma Araucária-de-norfolk (Araucaria heterophylla (Salisbury) Franco), com cerca de 150 anos e 44 m de altura. Este é o maior exemplar de araucária existente na vila. Aprecie ainda um dos tanques públicos para lavar roupa, na entrada da Quinta do Viador, que recebe água da nascente e continua a ser utilizado até aos dias de hoje.
  • Plátano (Barranco dos Pisões) (N37º19’57.16” W8º34’04.61”)
    Este plátano classificado (Platanus orientalis L. var. acerifolia Aiton) é um verdadeiro monumento vivo. Tem cerca de 150 anos e 41 m de altura.

Quer conhecer mais algumas destas árvores? Então não perca a Rota das Árvores Monumentais, uma das 4 Rotas Temáticas da GR13 – Via Algarviana com três percursos disponíveis, todos com início no centro da vila.

Pontos de Interesse

PR1 MOR – Mora, um Amor para Sempre

Por aqui encontra-se um Alentejo de água todo o ano, um espaço de transição entre as zonas montanhosas a leste e as lezírias a ocidente. O montado assume uma importância capital a nível da produção de cortiça e como garante de um ecossistema rico em biodiversidade,...

GR45 – GRVC3 | Sabugal » Rapoula do Côa

Esta etapa inicia junto ao Castelo do Sabugal, passando pela muralha e pela torre sineira, e atravessando a cidade rumo a norte. Com a urbe atrás de nós, já junto ao Côa, o trilho segue agora as curvas apertadas do rio, através de bosques fechados, mas sempre tendo o...

GR45 – GRVC7 | Almeida » Quinta Nova

Esta etapa inicia na vila de Almeida, junto à Câmara Municipal. O acesso à GRVC faz-se dentro da vila por desvio não marcado (546 m), atravessando as portas duplas de Santo António. O trilho contorna parte das muralhas da fortaleza de Almeida e segue depois pelo...