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PR4 VBP – Pelas Encostas da Raposeira

5 h
18.6 kmDistância
NormalDificuldade
5 hDuração

Percurso circular de 13,7 km. Após a aldeia da Raposeira, percorremos a beleza agreste de vales, ribeiras, praias e falésias. Os menires mostram que o local já era ocupado no período neolítico.

 

O percurso começa no largo junto à Igreja de Nossa Senhora da Encarnação, na Raposeira. Daqui, atravessa a estrada junto aos semáforos em direção à Ingrina e Zavial.

No cruzamento vira para o caminho da direita, coincidente em cerca de 200 m com a GR13 – Via Algarviana.

Depois segue em frente, sempre ao longo da ribeira da Serra da Borges, que mais à frente se junta com o ribeiro da Zorreira, dando origem à ribeira de Benaçoitão, que desagua no mar, na Praia do Barranco. Este é um vale de vegetação verdejante, onde pode parar a desfrutar as fantásticas escarpas e o cantar das aves.

Chega-se à Praia do Barranco e aqui, pode optar por seguir em direção à Ingrina e Forte do Zavial (percurso extenso, com derivação) ou seguir diretamente para os menires.


Percurso Extenso | Derivação – 4,5 km (ida e volta):
Se na praia do Barranco escolheu seguir em direção à Ingrina e Forte do Zavial, vai tomar um caminho que sobe, passando pela Praia de João Vaz e Praia da Ingrina. Daqui percorre cerca de 250 m em estrada para depois virar à direita, encontrando as ruínas do Forte do Zavial. Terá que percorrer o mesmo caminho de volta até à bifurcação junto à Praia do Barranco, para tomar o trilho em direção aos menires e voltar ao percurso principal.

Continuação do percurso:
Tome um caminho que segue junto ao barranco, passando depois perto de pinheiros e, mais tarde, de casas. Chegando à estrada alcatroada, o percurso segue para a esquerda, encontrando a 200 m o menir do Padrão e, caminhando mais 700 m, o menir do Milrei, num caminho à direita.

Segue-se por esse caminho, passando por plantações de pinheiros, e ao encontrar o cruzamento toma-se o caminho da esquerda, em direção a Hortas do Tabual. Atravessa-se esta pequena povoação, passa-se junto à Capelinha e desce-se em direção à ribeira dos Outeiros. Inicialmente atravessa-se esta linha de água e depois toma-se o caminho à esquerda que segue junto a esta, alcançando-se mais à frente um cruzamento de estrada asfaltada e a GR13 – Via Algarviana. Vira-se à esquerda e segue-se o mesmo percurso desta Grande Rota até ao ponto de partida.

 

O QUE PODE VER?

» RAPOSEIRA

Esta é uma localidade tipicamente rural onde encontra moinhos, poços, fontes, um antigo chafariz em pedra, o Rossio das Eiras (zona ocupada por feirantes) assim como vestígios da abundante atividade piscatória e agrícola.

Graças à antiga ocupação neolítica nesta região, a Raposeira tem uma invejável concentração de monumentos megalíticos mágico-religiosos, dos quais se destacam:

  • Menir do Padrão (com cerca de 6.500 anos);
  • Menir de Aspradantas.

Mais recentes são alguns monumentos cristãos:

  • Capela de Nossa Senhora de Guadalupe: classificada como monumento nacional, foi frequentada pelo Infante Dom Henrique (que aqui residiu) e decerto por outros navegadores também. Foi a única construção religiosa da zona a resistir ao Terramoto de 1755;
  • Igreja Matriz de Nossa Senhora da Encarnação: é a sede da Paróquia da Raposeira. Não se conhecem com exatidão as suas origens, mas alguns dos elementos artísticos remontam ao século XVI. A Igreja tem ainda elementos interessantes da arte manuelina (nomeadamente, os pórticos e o arco da capela-mor), muito ligada ao período da expansão portuguesa.

Já no litoral, no esporão rochoso da Ponta da Fisga, pode ver as ruínas da Bateria e as do Forte de Santo Inácio do Zavial.

» PATRIMÓNIO NATURAL E CULTURAL

Barranco do Benaçoitão
Este local tranquilo, agreste e de extraordinária beleza serviu de refúgio a antigos guerrilheiros apoiantes do Rei D. Miguel (1802-1866), o líder da causa absolutista, a partir do ano de 1834, quando foi implantado o regime liberal em Portugal. Sabemos que serviu também de esconderijo a um homem conhecido por João Moleiro, do sítio de Guadalupe, que aqui se refugiou numa gruta, acabando por ser assassinado por um João Pacheco (que recebeu um fato como forma de pagamento pelo serviço) a mando da esposa de uma das suas vítimas, Maria da Cruz Pablos.

Alto de Milrei
Neste ponto de referência, com uma altitude de 113 metros, não deixe de parar e observar a lonjura deslumbrante da paisagem, onde se destacam menires, campos agrícolas e o imenso Oceano. De nascente para poente, o ponto visível mais distante é o Cerro da Atalaia (na Praia da Luz, Lagos) e, na extremidade oposta, os imponentes rochedos de Sagres.

Hortas do Tabual
Não se conhecem as origens desta pitoresca aldeia rural, mas há notícias da sua existência na primeira metade do século XVIII. Por esses tempos, tal como hoje, já fazia parte da Freguesia de Vila do Bispo. Se puder, pare, aprecie as ruas e entre na pequenina capela, construída pelo povo da localidade em honra de Nossa Senhora de Fátima.

» PONTOS DE INTERESSE NA DERIVAÇÃO:

  • João Vaz, Ingrina e Zavial
    Estes três locais encontram-se num dos mais belos trechos de costa desta zona do Algarve, com falésias imponentes, rochedos rendilhados e curiosas cavidades. Estas características geográficas foram aproveitadas já em tempos mais antigos: nestes locais ocorreram casos de contrabando de prata, no século XVI, na zona litoral junto à Raposeira.
  • Forte e bateria do Zavial
    O Forte de Santo Inácio do Zavial foi mandado construir perto da Ponta da Fisga pelo então Governador do reino do Algarve, D. Luís de Sousa, entre os anos de 1630-33. Sabemos que foi ele próprio quem pagou a construção. Esta serviu para proteger dos constantes ataques da pirataria norte-africana o local e a armação de pesca de atum ali existente. Foi destruído pelo terramoto de 1 de Novembro de 1755 e no seu lugar foi mandada construir uma bateria na Ponta da Fisga, artilhada com dois canhões para defender a zona costeira, que esteve operacional até ao século XIX.
Pontos de Interesse

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