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Caminho Histórico da Rota Vicentina | Vale Seco – Cercal do Alentejo

6.5 h | 1 locais
45.4 kmDistância
EasyDificuldade
6.5 hDuração

Este é o percurso mais árido da Rota Vicentina, através de um Alentejo agrícola e marcadamente rural, onde vai sentir, apesar da proximidade da costa, os cheiros e a força do verdadeiro interior. Na Barragem de Campilhas, aproveite para fazer uma pausa e dar um mergulho nos dias de mais calor.

A paisagem deste troço poderá parecer árida e por vezes até desoladora, para isso contribui o declínio do montado, responsável pela seca de muitos sobreiros, aspecto evidente ao longo deste percurso. A causa deste mal ainda é um mistério, mas suspeita-se que será resultado de uma combinação entre uma gestão pouco cuidada das árvores e o ataque de fungos e outras pragas dos sobreiros. Mas a aridez que se sente em todo o percurso, especialmente durante a estação seca, tem uma causa bem identificada: clima mediterrânico. O facto da chuva se concentrar em apenas três ou quatro meses, confere a este clima um carácter único, espelhado numa paisagem singular, ainda que por vezes árida, mas sempre assombrosa, que varia em cada estação do ano.

A parte mais a sul desta etapa é também especialmente interessante para conhecer o que os ecologistas chamam mosaico de habitats. A maior parte das espécies que compõem a biodiversidade do mediterrâneo beneficiam deste mosaico, composto por florestas intercaladas por campos abertos, com cereal ou pastagens, por sua vez entrecruzadas por linhas de água com galerias ripícolas. No caminho surgem olivais, pomares, hortas com sebes, pequenas charcas e afloramentos rochosos. Manchas com matos, assim como zonas húmidas cobertas de juncos, ajudam a compor este mosaico de habitats.

Pontos de Interesse
Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina
O Parque Natural do Sudoeste Alentejano e Costa Vicentina – PNSACV ocupa uma superfície de 89.568,77 ha (60.577,25 ha de área terrestre e 28.991,52 ha de zona marinha), com grande diversidade de habitat costeiros, incluindo praias, falésias, ilhotas e...

PR1 ORQ – Montes e Vales de Santana da Serra

O relevo é bastante acidentado e marcado por cabeços e cerros separados por vales cavados naquela que é já uma zona de início das serranias algarvias. As paisagens são a perder de vista, num mar de verde e fragas. Pelos campos encontram-se montes em ruínas,...

PR1 GAV – Arribas do Tejo

O percurso inicia-se em Belver, caminha-se ao longo da levada e atravessa-se a ribeira, por uma ponte suspensa. Ruma-se até à Torre Fundeira toma-se um caminho à direita que conduz à Anta do Penedo Gordo e depois desce-se em direção à barragem. Passada a ponte e logo...

PR3 ARR – Forte e Valorosa Vila de Arronches

A situação geográfica de Arronches é de enorme privilégio territorial, junto ao Rio Caia que tem habitual caudal permanente, nas proximidades da Serra de São Mamede, com o respetivo Parque Natural, e com um território natural e rural de enorme beleza e vastidão....