A partir de um dos mais aplaudidos livros de José Saramago, A Barraca leva à cena uma peça sobre tempos passados para dias de hoje, nos quais impera “frágil memória, menoridade cívica e ética, fundamentalismos, militarismos, imperialismo financeiro gerando miséria e horror universais”, segundo as palavras do encenador Hélder Mateus da Costa.
Por isso importa recordar o ano de 1936, e evocar “este belo e profundo romance” que “convida a uma reflexão dramatúrgica muito entusiasmante”. E tudo “começa pela invenção do encontro entre Fernando Pessoa já falecido e o heterónimo Ricardo Reis, com casos reais de sexo e paixão, também de ambiente surdo, falso e pesado, e porque fala com humor da relação criador / “obra / figura/personagem”, acrescenta.
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