Os 150 anos da primeira exposição do fotógrafo Carlos Relvas (1838-1894) na Sociedade Promotora das Belas Artes, em 1868, assim como nos salões da Sociedade Francesa de Fotografia de 1869, 1870 e 1874, em Paris, marcam a arte fotográfica em Portugal e afirmam a sua carreira internacional, o que será assinalado através de uma exposição que terá lugar no Museu Nacional de Arte Contemporânea – Museu do Chiado.
Esta primeira década da sua obra será revisitada através de um conjunto de imagens, na maioria inéditas, monoscópicas e estereoscópicas, que desvendam as paisagens naturais e patrimoniais de Portugal mais significativas no imaginário do século XIX, a par dos retratos mais marcantes do seu primeiro estúdio fotográfico na Golegã.
A importância, ainda pouco reconhecida, da fotografia estereoscópica no início da carreira de Carlos Relvas, será um dos fios condutores para se revisitar, com tecnologias antigas e contemporâneas, um extenso património fotográfico absolutamente único e disperso por diferentes coleções públicas e privadas. Em análise estarão também as relações que se teceram entre a fotografia e os salões de arte, pela primeira vez abordadas numa exposição dedicada à fotografia portuguesa.
A exposição é uma produção do Museu Nacional de Arte Contemporânea-Museu do Chiado, com a parceria da Câmara Municipal da Golegã, da Câmara Municipal de Leiria, da Sociedade Nacional das Belas Artes, da Sociedade Francesa de Fotografia, decorrendo de um projeto do centro de investigação CICANT da Universidade Lusófona de Humanidades e Tecnologias.
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