Select Page

CATARINA PINTO LEITE

O sótão de um atelier é forçosamente o sótão de uma infância, o lugar retirado da fantasia e da «arrumação» da memória no qual cada telha ou trave de madeira, cada tábua de chão envelhecida ou falha visível se elevam à condição de indício, de mobilizador secreto, de forma pregnante. No caso da artista, o sótão arquetípico coincide com o sótão real, aquele que o atelier realmente é ou tem, numa sobreposição feliz de circunstâncias: os recintos, os tectos esconsos e as esquinas, a clarabóia, as linhas flutuantes e os planos inclinados, as zonas de sombra e de luz, as pequenas imperfeições são abrigo, circunscrição, surpresa, defesa, prospecção, contaminação e referente reais, mas também alfabeto formal, sugestão térmica e cromática, impregnação imaginária.

O caminho que seguem as linhas que nele se desenham habita o olhar, depois o corpo dos gestos e finalmente a quimera de quem risca ou suja (ou limpa!) o papel do modo sensível que estes grandes e pequenos formatos testemunham.

Pontos de Interesse

Dia Mundial da Fotografia 2017

O Arquivo Municipal | Fotográfico assinala a data com o seguinte programa:15h00-18h00 | Oficina de cianotipia, com Luís Pavão e Margarida Duarte16h30 | Visita guiada às exposições “Implosões, construções e demolições” e “Casa Aberta” | com Sofia Castro e Henrique...

João Queiroz

Na segunda exposição de João Queiroz (Lisboa, 1957) na Galeria Vera Cortês apresenta-se um conjunto de trabalhos recentes, feitos entre 2016 e 2017. A exposição é composta por quinze óleos sobre tela, todos eles...