Em Portugal chamam-se Robertos aos fantoches de luva e Roberto é também o protagonista da maioria das suas histórias.
De carácter essencialmente popular e frequentemente ignorado pela maioria dos historiadores e investigadores das artes teatrais, o teatro de robertos tinha um repertório composto por textos de tradição oral, de sabor popular, com direito a muito improviso. Esta forma teatral esteve quase esquecida no final do século XX, mas atualmente há 13 marionetistas a representá-lo em Portugal.
Para preservar esta forma teatral, o Museu da Marioneta propôs a inclusão do Teatro Dom Roberto no Inventário Cultural do Património Cultural Imaterial Nacional. É importante preservar as marionetas e as estruturas físicas que lhe estão associadas, mas também todo o saber-fazer que os marionetistas podem transmitir: o ritmo de representação e de manipulação, com os seus truques específicos, a utilização da palheta, o modo de interacção com o público.
É também com este objetivo de divulgação e salvaguarda que o Museu da Marioneta apresenta uma exposição inteiramente dedicada aos Robertos, programando, em paralelo, ateliês para famílias e espetáculos com os bonecreiros atuais.