Recordando-nos que um artista é um caçador-recoletor, um respigador de sentidos, de formas, problemas e propostas, esta exposição relembra-nos que um museu é um local de constante e inquietante descoberta. Não apenas porque as exposições vão mudando, mas também porque, mesmo que levemos toda uma vida a olhar para uma obra de arte, ela nunca deixará de nos surpreender. Nesta instalação, que analisa de perto uma escolha de obras da coleção do museu, Rui Macedo interpela alguns autores (Miguel Ângelo Lupi, Columbano Bordalo Pinheiro, Artur Loureiro ou Jorge Pinheiro), e brinca com a própria construção de uma exposição e com o seu edifício, jogando com o que se mostra e o que se esconde em cada obra, em cada coleção e em cada exposição, e em cada espaço. Rui Macedo recorta detalhes, seleciona, aponta, relaciona. E, ao fazê-lo, mostra-nos o que já vimos a uma luz nova.
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