Fast Talks
Acompanhada por Duarte Cordeiro, Vice-Presidente da Câmara Municipal de Lisboa, coorganizadora do evento, a vereadora da Cultura, Catarina Vaz Pinto, deu as habituais boas vindas começando por felicitar a escolha do local” um espaço inspirador que tem tudo a ver com o espirito da ModaLisboa, o de revelar espaços da nossa cidade”.
Fernando Medina visitou o local, mas coube a Catarina Vaz Pinto destacar a importância das Fast Talks “como um espaço de debate de temas interessantes que ligam a Moda com as outras áreas e com o mundo à nossa volta”.
Eduarda Abbondanza, presidente da Associação ModaLisboa explicou o tema que dá nome à edição 49 do evento, “ Luz” por habitamos uma cidade e um pais com uma luz extraordinária que interfere positivamente com a nossa vida e com a nossa criatividade.”
De acordo com a organização da ModaLisboa, as ‘Fast Talks’ “pretendem desta vez fazer cruzar a moda com a política, partilhando ideias e perspetivas com vários profissionais da indústria, críticos e artistas”.
No debate moderado pela criativa Joana Barrios, contou com a participação da editora da revista i-D Germany, Alexandra Bondi de Antoni, da especialista em ‘media’ e moda Aurélia Vigouroux, do professor e diretor da Polimoda, Danilo Venturi,d o ‘marketeer e diretor criativo’, Gonçalo Castel-Branco, e do consultor e jornalista Misha Pinkhasov.
Os Desfiles
No dia 6, o Pavilhão Carlos Lopes, rodeado por tendas com show rooms, foi o cenário dos primeiros desfiles: o trabalho dos Lab´s dos consagrados Patrick de Pádua (com uma coleção sóbria) e Duarte (com uma coleção mais jovial) procederam um dos momentos mais aguardados – os desfiles “Sangue Novo”. Este ano o sangue novo correu nas veias dos dez jovens criadores Alexandre Pereira, Daniela Pereira, Ivan Almeida, Carla Campos, Rita Afonso, Filipe Augusto, Rita Carvalho, Federico Cina, David Pereira e Rita Sá.
Com propostas audazes e de cariz experimental, como é timbre desta apresentação das tendências entre os impetuosos jovens, David Pereira acabou por sobressair, arrecadando o Prémio Moda Lisboa, sendo ainda atribuidas menções honrosas a Filipe Augusto, Rita Sá e Rita Afonso. O prémio FashionClash foi para Filipe Augusto e o The Fitting Room galardoou Rita Afonso.
Sempre com a presença de numeroso e entusiástico público, que enchia por completo as bancadas que ladeavam a passarela, a noite continuou com a apresentação das coleções das já habituais presenças da artísitca Kolovrat, do arrojado Valentim Quaresma e do celebrado Ricardo Preto.
Ao segundo dia a ModaLisboa voltou a abrir-se aos lisboetas. Os primeiros desfiles da tarde, Imauve mais Carolina Machado, David Ferreira, tal como a apresentação da Awaytomars, decorreram em volta do lago situado ao lado do Pavilhão Carlos Lopes. Uma iniciativa que levou dezenas de pessoas a esta zona da cidade.
Os desfiles no interior começaram com Nuno Gama. O criador português resolver homenagear na coleção a cerâmica portuguesa, em particular o azulejo.
No dia 7 realizaram-se ainda os desfiles de Aleksandar Protic – cuja coleção teve como ponto de partida as esculturas da série “Pelagos” de Barbara Hepworth -, da marca brasileira de biquínis Cia.Marítima, de Ricardo Andrez e do francês Christophe Sauvat.
O silêncio foi apenas o “ponto de partida”, a partir do qual Dino Alves desenvolveu a coleção, o ultimo desfile da noite.
O dia 8 marcou o encerramento deste grande evento, que voltou a atrair numeroso público, nomeadamente nos desfiles da tarde, nos jardins do Parque Eduardo VII, com acesso livre. Aí desfilaram as propostas dos laboratórios de jovens estilistas, nomeadamente, Morecco, Nair Xavier X Diniz&Cruz e Eureka, que surpreendeu ao fazer passar uma coleção simples de blusas e camisas brancas.
No interior do Pavilhão Carlos Lopes, os desfiles começaram com a ousada coleção de Olga Noronha Lab, num diálogo entre acessórios luxuriantes e nudez. Nadir Tati grangeou aplauso unânime ao apresentar uma colorida coleção de motivos étnicos, com destaque para os turbantes.
Esta edição da Moda Lisboa encerraria, já noite dentro, quando, após os desfiles das coleções de Luís carvalho e Mustra, coube ao consagrado Filipe Faísca surpeender de novo com uma coleção que associa classe e ousadia.