A casa, feita pelo bom gosto de quem nasceu na Natureza, surgiu em 1993, rasteira, branca e de telhas, com o alpendre sustentado por colunas de madeira, por entre os pinheiros e suas sombras, a dois passos das águas. Há uma bandeira roxa da Olá, erguida que mais parece estandarte de templo budista, uma irmandade da Ordem da Linda Atmosfera.
As águas não mexem. Daqui, dum dos recantos mais terrenos da Lagoa, não se avista uma casa. Os pinheiros, algum eucalipto, os fetos e canaviais, espraiam-se tranquilos. Os patos esvoaçam. As garças poisam. Passa uma libelinha ao meu olhar.