Este alongado imóvel térreo é um antigo lagar, datável do século XIX, precedido por um mais antigo. É vulgarmente conhecido por lagar de varas. Ou seja, é designado pela tecnologia de extração mecânica empregada: a vara é um tronco de árvore fixo a uma parede e que pousado sobre os frutos, acondicionados apropriadamente, os espreme, através de força compressora controlada por rotação braçal dum parafuso vertical fixado na sua extremidade livre. A organização espacial segue o processo produtivo, repartido por locais especializados: a sala de moagem circundada pelas tulhas; a sala de prensagem e das câmaras de decantação – onde o óleo, que por mais leve sobrenada, se separava das águas de vegetação – e a bagaceira, sala para guardar os resíduos sólidos da prensagem. Um edifício anexo servia de abrigo aos lagareiros e aos animais de tiro. Agora, estão aqui os serviços de apoio ao complexo museo­lógico e o posto de turismo, depois de rigorosa campanha de conservação e restauro.