Trilho longo com paisagens variadas: com hortas, pomares, montados de sobro, pinhais e eucaliptais. Um ponto alto é a passagem na Barragem da Bravura.
Em Marmelete o percurso da nossa Grande Rota segue inicialmente o mesmo traçado que a PR6 MCQ – Percurso Pedestre de Marmelete (separam-se ao fim de 300 m, virando a GR13 – Via Algarviana à esquerda e a pequena rota à direita), e que a Ligação 5 – Via Algarviana (Marmelete) a Aljezur (separam-se ao fim de 1,7 km).
Dirige-se, inicialmente, para noroeste, até alcançar a estrada municipal que faz a ligação de Marmelete com a vila de Aljezur. Tenha atenção, já que as marcas das rotas são as mesmas. A certa altura, na estrada municipal a Via Algarviana acaba por seguir em frente e a Ligação 5 até Aljezur vai pela direita, por um caminho de terra batida.
Depois, o percurso inflete para Sul e mantém este rumo praticamente até Bensafrim. Este setor é muito bonito e, não fosse a elevada distância entre Marmelete e Bensafrim, seguindo o sentido recomendado a dificuldade não seria muita quando comparado com outras etapas. A paisagem é muito variada, com eucaliptal, densos bosques de sobreiral, espaços agrícolas bem cuidados, pequenas aldeias e, próximo do final, uma região de calcários, semelhante ao Barrocal, com densos matagais mediterrânicos, carrascais, afloramentos rochosos, etc.
Atravessamos uma zona relativamente selvagem, longe da presença humana. Ainda assim, passamos por algumas casas dispersas e pequenas aldeias, como Malhão, Pomarinho, Romeiras, Vagarosa, Vale de Lobos, Pincho, Corte do Bispo, Paraísos, entre outros. Muitas habitações rurais estão recuperadas, juntamente com as suas hortas, dando à paisagem um colorido agradável. Em Romeiras, pode parar nos cafés para descansar e comer alguma coisa.
Este setor é ainda marcado pela Barragem da Bravura, com o seu grande espelho de água. Este é mais um local agradável para uma pequena pausa nesta longa caminhada.
Até Bensafrim, o percurso decorre em caminhos bem marcados, atravessando uma paisagem rica, com montados de sobro e azinho, pequenas hortas, ribeiras e galerias ripícolas. A parte final acompanha um largo e bonito vale fluvial, muito plano e sem dificuldades para os caminhantes. A chegada a Bensafrim marca o final da jornada e do setor 12.
» PATRIMÓNIO HISTÓRICO, ARQUEOLÓGICO E RELIGIOSO
- Património rural (noras, tanques e moinhos de vento);
- Menires do VIII-V milénio a.C.;
- Igreja de Bensafrim;
- Fonte Velha de Bensafrim;
- Candeeiro de 1875 – Rua Santo António.
» NATUREZA
Se fizer este setor em tempo de chuvas intensas, poderá ter de se descalçar algumas vezes: vai cruzar-se com a Ribeira da Vagarosa e a Ribeira da Sobrosa, que conferem beleza ao trajeto, com a sua vegetação ripícola.
O espelho de água da Barragem de Odiáxere ou da Bravura, com as suas margens verdejantes, é outro ponto de interesse neste percurso.
Aprecie também a variedade de paisagens que vai atravessar, e que faz com que este percurso, embora longo, nunca seja monótono: dos campos agrícolas, hortas e pomares, às zonas florestais de montados de sobro, pinhais e eucaliptais.