As variantes 1, 2 e 3 (GR29-1, GR-29-2 e GR29-3) da GR29 Rota dos Veados estão interditas de janeiro a setembro para proteção dos habitat naturais (DL n.º 140/99, alterado pelo DL n.º 49/2005). Ajude-nos a ajudar a natureza!
Percurso algo extenso da aldeia raiana do Rosmaninhal ao coração do Parque Natural do Tejo Internacional, passando pelos outros povoados da freguesia, nomeadamente Cegonhas, Couto dos Correias e Alares (atualmente em ruínas), permitindo a observação de aves, da vegetação e da paisagem.
Inicia-se no Rosmaninhal, junto à estátua do Pastor, seguindo a sinalética da GR29. Cerca de 200 m adiante, numa pequena elevação do lado direito, surge um dólmen. Atravessa o ribeiro Manhel, desvia à direita por caminho de terra batida que leva ao ponto de maior altitude (406 m) entre estevas, rosmaninho, tojo e montados de sobro e azinho. A descida, que começa no marco geodésico Guedelha, cruza territórios de águia-imperial e de veados e desenrola-se por cumeadas que convidam à contemplação da envolvente, onde sobressaem o cume de Monsanto, as serras da Gata (Espanha), Ramilo, Estrela, Gardunha e Muradal, bem como as localidades de Idanha-a-Nova, Castelo Branco, Monforte da Beira e Cegonhas, aldeia que se alcança depois de atravessar a ribeira do Freixo. Daqui, desce novamente até esta ribeira, polo de diversidade florística e faunística, em particular de anfíbios, libélulas e libelinhas. A travessia pode ser feita a vau, se o caudal o permitir, ou pela ponte da estrada municipal que segue à direita para Couto dos Correias.
Cerca de 500 m após a povoação, abandona a estrada alcatroada em direção ao marco geodésico São Felizes, a partir do qual se toma um estradão que liga a Soalheiras, a última povoação ocupada antes do final. Após a travessia da ribeira da Velha há uma subida acentuada até à cumeada, a partir da qual se avista para sul a serra de São Pedro (Espanha), o vale do rio Tejo e a aldeia dos Alares a 2 km de distância. A partir daqui, desvanecem-se os sinais da presença humana e, com o aproximar do Tejo, a vegetação torna-se mais densa e diversa e entra-se no reino das azinheiras, estevas, rosmaninho, veados, javalis, cegonhas-pretas, abutres, águias e bufos-reais, entre outras espécies. A cerca de 500 m dos Alares existe a possibilidade de seguir a variante GR29-1 para o antigo Posto da Guarda Fiscal. Após cruzar os Alares e atravessar a ribeira das Varetas, segue por entre muros até ao estradão que ruma a sul para o antigo Posto da Guarda Fiscal dos Alares, onde se iniciam e terminam esta e outras duas variantes – a GR29-1 – Aldeia dos Alares – e um ramal (GR29-2 – Observatório de Aves), local privilegiado para observar o rio Tejo, a flora e a fauna.
O retorno ao Rosmaninhal faz-se pelo estradão que segue para norte e, a 10,8 km antes do final, inflete-se para nordeste por um caminho pouco trilhado em direção a Ovelheiros, sendo preciso abrir e fechar várias cancelas e transpor uma vedação através de escada existente para o efeito. O trajeto atravessa várias explorações agrossilvopastoris e passa próximo de um apiário.